segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tempinho para mudanças

Um pouquinho mais pra cima.... Um pouquinho mais....Tá quase....Aê, tá bom aí!


O Radiação e toda sua imensa equipe de cinco pessoas (que você pode conhecer melhor aqui) vem comunicar que o programa fará uma breve parada, de tempo indeterminado, para acertar alguns ponteiros necessários à continuação do Radiação. Fiquem tranquilos, o programa continua, mas precisamos organizar e acertar uma série de coisas antes que os geradores de nossa usina voltem a funcionar a todo vapor.

Portanto, não haverá programa hoje, mas controlem-se, não fiquem histéricos com isso. Colocaremos no ar, durante o horário do programa, todos os CD's do Cid Moreira narrando a bíblia. Com certeza será um momento muito mais edificante e espiritualmente evoluído do que seria se estivéssemos no ar.

Pouca gente sabe, mas o projeto do Radiação começou a ser pensado a aproximadamente um ano, tomando contornos mais sérios a uns 3 ou 4 meses atrás. De lá para cá, algumas situações mudaram um pouco, o que é normal, e por isso vamos readequar o programa a elas. Podem ocorrer pequenas mudanças, mas se elas vierem mesmo, serão para melhorar o programa e a experiência de vocês com ele.

Até que voltemos a te importunar com programas ao vivo, continue acessando este blog, que seguirá com programação normal. Siga-nos no twitter e acesse nosso formspring, que também continuarão a todo vapor. E nos esperem, pois voltaremos com um programa ainda mais bem-humorado do que já é. Lembre-se: nada combate a Radiação, ela ficar no ar, se espalha e só enfraquece num ritmo muito lento. E antes que você sinta nossa falta, estaremos de volta, te divertindo com uma usina de ideias radiofônicas.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um show de rádio

Se hoje existe Radiação e outros programas de rádio humorísticos, a culpa também é desses caras aí!


A equipe do Radiação é formada por cinco pessoas, mais o estagiário, que vive em um cercadinho embaixo do sol e não costuma entrar em nossas contas como uma pessoa. Essas pessoas são viciadas em rádio e história do rádio, a ponto de devorar livros e sites sobre o assunto. Um dos projetos futuros do Radiação é a construção de uma máquina que consiga reverter o espaço-tempo como o conhecemos, possibilitando-nos voltar à época de ouro do rádio. Mas enquanto isso não sai do papel, só nos resta lembrar de grandes programas e locutores, que fizeram e fazem a história do rádio brasileiro e mundial.

Sempre que possível, tentamos achar um jeito de inserir no programa (ou aqui mesmo no Blog) menções a lendas do rádio, de diversos gêneros e tipos, como Fiori Gigliotti, Zé Bettio, Eli Corrêa, Zancopé Simões, Vicente Leporace, Osmar Santos e Barros de Alencar, ou episódios significativos (como a Guerra dos Mundos, que falamos aqui). Só esperamos um gancho pra poder tocar no assunto, e às vezes o gancho acaba vindo da maneira mais trágica possível.

No dia 12/04, o humorista-radialista Sergio Leite nos deixou, precocemente. Como uma homenagem a ele, pensamos em apresentar em nosso programa do dia 25/04 um pequeno bloco do lendário programa Show de Rádio, do qual ele fez parte durante quase uma década. Por falta de tempo, não conseguimos dizer e mostrar tudo o que queríamos sobre o programa, mas vamos aproveitar este espaço no Blog para despejar em palavras um pouco do que diríamos no programa. Então crianças, sentem-se, abram seus livros e cadernos, porque vem aí um pouquinho de história...

O Show de Rádio foi um programa de humor, apoiado principalmente no futebol, que fez imenso sucesso nas décadas de 70 e 80 (época em que a Gretchen e a Rita Cadillac ainda davam um caldo), na rádio Jovem Pan e posteriormente na Bandeirantes. Era exibido aos domingos e quartas, sempre após as transmissões esportivas, o que o colocava como opção para fazer um torcedor dar risada mesmo quando seu time tomava uma sacolada do rival.

Criado pelo genial Estevam Sangirardi, o programa revelou vários talentosos humoristas, como o próprio Sergio Leite, Odayr Baptista, Douglas Rasputin, Nelson Tatá Alexandre, Chiquinho Ferrão e João Kleber (hein?! Aquele das pegadinhas e do teste de fidelidade?! Sim, ele mesmo!!). Personagens inesquecíveis como o esnobe são-paulino Didu Morumbi, o palmeirense Comendador Fumagalli e sua Noninha, o cachorro Vardemá Fiume, o corintiano Joca, alegravam os ouvintes, que também adoravam as imitações que eles faziam de personalidades esportivas e políticas da época. Nem o próprio rádio escapava, os locutores eram alvo constante das imitações do Show de Rádio.

Segundo relatos da época, era comum ver, em dias de clássico, os torcedores indo embora em seus carros gargalhando, mesmo parados no trânsito. Todos, claro, sintonizados no Show de Rádio. O jornalista e radialista Sérgio Barbalho conta que Sangirardi chegava na rádio no início da tarde do domingo e redigia o roteiro do programa na sua máquina de escrever cheia de papel carbono, para depois distribuí-los aos demais humoristas (se você é do tempo da Xerox, saiba que papel carbono é uma invenção importantíssima para a humanidade, que proporcionava cópias de qualquer coisa que se escrevesse numa folha que estivesse acima dela). Conta-se ainda que durante o programa, os apresentadores chegavam a sair do estúdio para rir do lado de fora, e assim não atrapalhar quem dava seu texto no momento.

São histórias de um tempo em que se vê como era divertido fazer e ouvir rádio, uma essência que o rádio não perdeu e que o Radiação tenta sempre manter e honrar quando está no ar. Para saber mais sobre o Show de Rádio e sobre a carreira de Sangirardi e dos outros humoristas que aqui citamos, recomendamos o estupendo livro Um Show de Rádio: a vida de Estevam Sangirardi, do jornalista Carlos Coraucci.

Trazemos abaixo, dois trechos do programa, em seus tempos áureos, ainda na década de 70. Primeiro, o tema de abertura do programa, tão deliciosamente ingênuo e feliz, faz pensar como o mundo e principalmente o futebol se tornou tão mal-humorado nos últimos 40 anos.



Neste segundo trecho, temos uma esquete com o Comendador Fumagalli, palmeirense fanático, e sua Noninha.


Legal, né? Agradecemos muito ao site Mofolândia, do ótimo Antonio Carlos Cabrera, por ter cedido os áudios. O Show de Rádio escancarou muitas portas para o humor no rádio, sua audiência era absurda. Não foi o primeiro programa humorístico radiofônico, mas certamente, foi o primeiro a fazer um sucesso tão estrondoso. Portanto, se hoje fazemos graça no Radiação, a culpa é um pouco deles também!


segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que torna o casamento real?

"Eu perguntava Do You Wanna Daaaance....E te abraçava Do You Wanna Daaance....Lembrar você, que um sonho a mais não faz maaaal..."


Na manhã do dia 29/04, última sexta-feira, os olhos do mundo se voltaram para Londres. O motivo dispensa comentários e apresentações com um parágrafo de 17 linhas como costumamos fazer sempre por aqui. Não é novidade para ninguém que o enlace matrimonial de William Arthur Philip Louis e Catherine Elizabeth Middleton ocorreu nesta data, e muito se falou sobre os detalhes, rituais e protocolos da cerimônia. Hora, o que falta dizer sobre isto então? Nada, absolutamente nada, a não ser uma coisa que ninguém teve a capacidade de observar ainda: o que este distinto e histórico casamento tem de semelhante com um casamento normal, como por exemplo, o da sua tia ou prima mais velha?

A foto que abre esse post mostrando a família real e seus convidados (como Elton John e Lady Gaga!!) soltando a franga, faz parte de um ensaio realizado pela fotógrafa britânica Alison Jackson, que mostra os "supostos" bastidores da festa, com todos os excessos que qualquer festa de casamento normal tem. Este é um casamento, até certo ponto, igual a todos os outros, exceto pelo fato de ser com a família real. Portanto, dá pra se perguntar: aquelas coisas caóticas que acontecem em todo casamento aconteceram neste também? Segundo nossas fontes enviadas à Inglaterra com o dinheiro suado de nossas economias nos últimos quatro anos, sim, aconteceram.

No último Radiação, tivemos a participação por telefone de Vera Kail, a brasileira que estava cuidando de todos detalhes da organização deste casamento. Ela nos disse em primeira mão que artistas se apresentariam na cerimônia, quem desenhou o vestido da noiva, o cardápio da festa, cuidados com a segurança do evento e muitas outras coisas tão exclusivas que, mesmo depois do casamento, a grande imprensa não descobriu nem divulgou. Se demos um furo tão bem feito antes do casamento, vamos furar a grande mídia mundial depois da festa também, divulgando pequenos fatos que ocorreram por lá e que certamente se repetirão no seu casamento.

A festa teve a presença de Elton John e Paul McCartney. Ok, seu casamento não terá a presença deles. Mas apenas dissemos isso para mostrar que, mesmo com artistas de grande expressão como convidados, a trilha sonora da festa ficou a cargo de um DJ de gosto duvidoso, que tocou todos os hits de casamento, intercalando com canções vergonhosamente bregas e batidas, como Whisky a Go-Go, Dancing Queen, Grease e o bloco gay, momento no qual os tiozões bêbados da família real tiveram uma boa desculpa para soltar a franga ao som de YMCA, Macho-Man e I Will Survive. Não ria ao tentar imaginar a cena, seus tios farão isso na sua festa também.

O serviço de garçons não foi lá muito legal. Alguns convidados que se sentaram longe da cozinha passaram uma fome danada por um bom tempo. Ronaldo, o fenômeno, foi uma destas pessoas (sim, ele estava lá!). Porém, é bem provável que ele sentisse fome mesmo se estivesse sentado na porta da cozinha.

Em dado momento, o noivo e seus padrinhos reais deram início ao insuportável ritual da gravata. E pode-se dizer que este ritual foi o mais importante, mesmo se contarmos os 23872478237439 rituais que um casamento da família real exige. Noivo nenhum abre mão deste desagradável momento para seus convidados, pois é uma oportunidade única de cobrar de seus parentes e amigos por tudo o que eles estão comendo e bebendo às suas custas.

Lá para o final da festa, a nova princesa/duquesa distribuiu a lembrancinha de seu casamento: doces bem-casados, enrolados em papel brega prateado com fita de cetim. A cota era um por família, o que foi solenemente ignorado pelas senhorinhas que pegaram mais doces que sobraram na cestinha que a noiva deixou numa mesa perto da saída. As mesmas senhorinhas, claro, levaram para casa os enfeites das mesas, numa clara demonstração do quanto são deselegantes e mortas de fome.

Mas a festa não estaria completa se as pessoas não fossem embora falando mal de tudo: da comida, do lugar, da noiva, do noivo, da Palmirinha....enfim, de qualquer coisa que possa merecer críticas. E para terminar por aqui, mas continuar no clima, sinta-se à vontade para falar mal da festa e deste post, nos comentários.