Orson Welles: Em 1938, ele já poderia ter gritado “HÁÁÀ! Pegadinha do Mallandro!!!”
Estreamos! Ufa, depois de semanas de trabalho para bolar este programa e colocar a usina para funcionar (e mais uma semana de molho com conjuntivite, na qual os que escaparam dela foram liberados para jogar dominó em casa), finalmente fomos pro ar! A sensação de fazer este programa foi muito boa, e esperamos que tenha sido para vocês tão divertido quanto foi para a gente.
Agradecemos muito ao pessoal que mandou mensagens pelo Twitter, E-mail, Formspring e Telefone! Ter o feedback de vocês é essencial para melhorarmos o programa. Vocês também fazem o Radiação!
Durante a estreia, fizemos uma “homenagem” a um episódio lendário do rádio mundial. Por estrearmos no mês da mentira (mas principalmente por sermos “nerds” viciados em rádio), encenamos uma versão radioativa do episódio conhecido como “Guerra dos Mundos” também chamado de a maior pegadinha de todos os tempos!
Em 30 de outubro de 1938, o jovem ator/radialista Orson Welles começou a transmitir pela rádio CBS uma adaptação de “A Guerra dos Mundos”, livro de H.G. Wells. Nela, Welles simulou uma cobertura jornalística de uma invasão alienígena nos EUA. Com direito a entrevistas (falsas) com especialistas e autoridades, Welles fez um troço tão assustadoramente bem feito, que logo a população entrou em pânico, acreditando que aquela situação estarrecedora estava realmente acontecendo. Há relatos de multidões saindo às ruas, fugindo (sabe-se lá pra onde) das ameaças alienígenas. O episódio desencadeou o que é considerado o maior caso de histeria coletiva da história.
Ei, Sergio Mallandro, aprenda o que é uma pegadinha de verdade!!!!
O caso também serviu para mostrar o poder de influência do rádio, que era o grande veículo de comunicação em massa da época. O áudio original da transmissão pode ser ouvido aqui, bem como a transcrição completa pode ser lida aqui.
O danado do Orson Welles tinha mesmo futuro, acabou se tornando um dos grandes cineastas de todos os tempos. Escreveu, protagonizou e dirigiu o aclamadíssimo Cidadão Kane, considerado um dos melhores filmes da história do cinema.
E o Radiação, loucos por rádio que somos, não poderia deixar de citar esse causo. Involuntariamente, Orson Welles pregou uma das primeiras (e maiores) peças radiofônicas.
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